Dicesar é rainha do alto astral

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Levamos o ex-‘BBB’ para assistir ao musical ‘Priscilla, Rainha do Deserto’ e conversar com o elenco


Há dez anos, a drag queen Dimmy Kieer se apresentava numa boate paulistana. Durante o show, seus dois sobrinhos escondiam-se na mesa de luz para assistir ao tio, praticamente um pai para eles, dançar em cima do salto altíssimo. Não por acaso, Dimmy, ou o maquiador e apresentador Dicesar Ferreira, participante do reality show “Big Brother Brasil 2010”, assistiu com a reportagem do DIÁRIO ao musical “Priscilla, Rainha do Deserto”, em cartaz no Teatro Bradesco.

Nos palcos, a história se repete. A peça mostra a trajetória de três drag queens que saem de Sidney até uma cidade turística localizada no deserto australiano para apresentarem seu show. A viagem, na realidade, é uma desculpa do personagem Mitzi (Luciano Andrey), que quer chegar onde mora seu filho. Assim como na vida real, o pequeno se esforça para assistir ao show das drags.

Na porta do Teatro, onde está montado um sapato de salto alto gigantesco e super brilhante, Dimmy Kieer foi uma atração extra. Irreconhecível com seu vestido e peruca vermelhas, Dicesar entreteu a todos num perfeito aquecimento do que estava por vir.

Baseado no filme de 1994, Priscilla é um espetáculo engraçado e divertido mas, ainda assim, não deixa de tratar de um assunto sério. “O melhor do ‘Priscilla’ é isso, é um musical que combate a homofobia mas não traz só a imagem de pessoas sofridas, pelo contrário! Os personagens passam, sim, por maus bocados, mas ainda assim terminamos o espetáculo em celebração”, contou André Torquato no encontro promovido pelo DIÁRIO dos três atores principais com Dicesar.

André interpreta Felicia, a drag queen mais nova e elétrica, que é fissurada em Madonna. Na história, Felicia não pega leve com suas piadas ácidas para provocar Bernadette (interpretada por Ruben Gabira), a transsexual que é a mais velha do grupo. “Há 18 anos eu era uma Felicia, me achando a melhor dentre as drags! Depois de 20 anos de show, me identifico com Mitzi, o personagem principal. Qualquer drag que assistir à ‘Priscilla’ vai se identificar com uma das três gerações apresentadas, é um espetáculo atemporal”, opinou Dicesar.

Uma grande preocupação dos atores foi a de não passar uma imagem estereotipada dos travestis. Além de assistir ao filme original, o ator Ruben Gabira frequentou as reuniões do grupo carioca Turma Ok, a mais antiga associação gay do Brasil. Assim como os outros dois personagens, Bernadette foi inspirada no caso verídico da transsexual australiana Carlotta, primeiro travesti que fez a cirurgia de troca de sexo, ainda nos anos 60.

“Não podemos nos esquecer de que drag queens são pessoas como qualquer outra. Eu não sou uma drag queen, mas tenho as mesmas referências humanas de uma. Fui pelo meu personagem, que é um cara que tem um filho e que tem vontade de conhecê-lo”, explicou Luciano.

A superprodução é o primeiro musical da Broadway em cartaz simultaneamente no Brasil e no Palace Theatre. Show de música, dança e atuação, “Priscilla, Rainha do Deserto” é transformador. O clima é para soltas as feras e entrar na festa!

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